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O desaparecimento de Madeleine McCann - Afinal a “vida” de Madeleine McCann é uma piada?: Quem se importa? Uma análise neuropsicológica - Parte 1

2020
aline.barreto@ubi.pt | lmaia@ubi.pt
*Graduanda em Primeiro Ciclo em Psicologia Clínica e da Saúde - Universidade da Beira Interior. **Phd, Docente de Neuropsicologia na Universidade da Beira Interior

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O desaparecimento de Madeleine McCann - Afinal a “vida” de Madeleine McCann é uma piada?: Quem se importa? Uma análise neuropsicológica - Parte 1

O desaparecimento de Madeleine McCann foi um acontecimento memoriável na história da justiça portuguesa, uma vez que foi um dos desaparecimentos com mais impacto mediático no país e no mundo. Madeleine McCann (também conhecida por Maddie) encontrava-se em férias com a sua família em Portugal e desapareceu no dia três de maio de 2007 na Praia da Luz, Algarve. Na altura a criança tinha apenas três anos de idade, e estava acompanhada dos seus pais Kate e Gerry McCann, e dos seus irmãos gémeos Sean e Amelie que tinham apenas dois anos de idade quando a sua irmã mais velha desapareceu no quarto do Ocean Club, um dos vários edifícios da Praia da Luz. Os seus pais, haviam saído para jantar num restaurante próximo do apartamento onde estavam hospedados, que ficava a cerca de 50 metros de distância do local (90 metros caminhando pela rua), deixando assim Maddie e os seus dois irmãos a dormir no quarto onde estavam hospedados. Este restaurante escolhido pela família McCann e pelos seus amigos aparentava ser o sítio mais conveniente para jantar, uma vez que enquanto as crianças dormiam nos seus quartos eles poderiam vigiar tudo o que acontecia nas redondezas. Deste modo, foi acordado entre os McCann e os seus amigos que a cada meia hora um dos elementos da mesa iria levantar-se para verificar o estado das crianças nos seus respetivos quartos. Por volta das 22 horas, Kate decide fazer o seu turno e verificar novamente o estado das crianças, contudo esta ficou surpreendida quando, ao olhar para o quarto, se deparou com uma luz mais forte do o habitual e a porta mais aberta do que estava anteriormente. A mesma entrou no quarto e apercebeu-se que Maddie já não se encontrava deitada na sua cama, e que a janela estava aberta comos estores levantados. “Desatei a correr até ao restaurante de tapas, a gritar: “Levaram a Madeleine!”. Foi aí que o pesadelo começou”. (Kate McCann, 2007) Após esse anúncio por parte de Kate, todas as pessoas das redondezas ajudaram nas buscas iniciais, enquanto Gerry pediu na receção para ligarem para a polícia portuguesa. Quando um crime é cometido, os primeiros agentes a chegar são responsáveis pelo isolamento do local e por o manter tal como o encontraram. Isto significa que têm de se certificar que ninguém toca em nada ou move alguma coisa do seu lugar, porque se o fizerem estão a comprometer os vestígios ou a contaminar o local (Cenas de Crime, 2008). Esta é uma história que continuaremos a contar cientificamente, pois tal não pode acabar aqui! Por exemplo, na semana de submissão deste artigo os media e representantes da Alemanha e Inglaterra garantiram que Maddie estava morta, mais ainda, apresentaram ao mundo inteiro o mais que certo suspeito pela morte de não só de Maddie, mas como outras vítimas, responsável e suspeito de outros crimes, com largo registo prisional. Hoje, responsáveis britânicos referem que Maddie está viva. Comprometemo-nos, na segunda parte deste artigo, a apresentar uma análise neuropsicológica, jurídica e penal dos dados a que conseguimos aceder, não pelos media, mas sim por aquilo que caracteriza neuropsicologicamente quem fez o que a Maddie (raptou-a, criou-a como seu elemento de família ou matou-a). Isto fica para a segunda parte deste artigo. E que a paz esteja com Maddie.

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