PUB


 

 

O poder da sugestão na saúde infantil e juvenil

2014
hipnoglobal@gmail.com
Licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica pelo ISLA, Lisboa. Trainer de Hipnose Clinica na Asociación Internacional de Hipnosis Clínica y Experimental. Certificação do London College Of Clinical Hynosis e Certificação Avançada, pelo Instituto Brasileiro de Hipnologia. Certificada Internacionalmente pela International Coaching Community e Practicioner de PNL, reconhecida NLPU University.

A- A A+
O poder da sugestão na saúde infantil e juvenil

 

A hipnose clínica, técnica muito pouco conhecida em Portugal, assume um papel cada vez mais relevante na saúde mental e física de crianças e adolescente.

Os pais recorrem a esta terapia principalmente devido a questões relacionadas com dificuldades na escola - défice de atenção e concentração, hiperactividade e ainda, por alterações comportamentais e de humor; depressão infantil; síndrome de abandono; tendência obsessiva compulsiva alimentar; gaguez. Existem ainda outras situações em que a hipnose clínica pode actuar como é o caso de crianças vítimas de maus tratos e de abusos sexuais. No caso dos adolescentes, situações do foro sexual, depressão, dependências químicas, preparação para exames e fobias.

Existem técnicas básicas de hipnose que são aplicáveis a bebés de 3 meses através de sons suaves e relaxantes, no entanto, a prática de hipnose clínica, aplicada como terapia de programação mental é aconselhável a partir dos 6 ou 8 anos, mediante o desenvolvimento linguístico e cognitivo da criança, segundo Cristina Infante Borges, hipnóloga clínica.

Quando questionada sobre quais as técnicas aplicadas a uma criança, Cristina Infante Borges esclarece:

“A hipnose tem como função principal desligar ou reprogramar uma situação traumática. Por outras palavras, retirar a emoção à situação traumática. Se não existe emoção relativamente a algo, logo a situação é encarada de forma pacífica e a criança ou jovem consegue viver livremente e encarar a vida através de outra perspectiva.

O termo “hipnose” é muito complexo para uma criança. Normalmente explico-lhes que sou uma construtora de sonhos. Peço-lhes para se colocarem numa posição muito confortável e ouvirem com muita atenção a minha voz e através de sugestões vou-lhes construindo um “sonho” bom, com fadas e super heróis mágicos.

Tendo em conta a capacidade de dissociação possuída pelas crianças, fecharem os olhos, pode ser facultativo. No caso de existir alguma insegurança por parte dos pais ou da criança, um dos progenitores pode estar presente e, inclusivamente, se os pais desejarem, a sessão pode ser gravada, desde que isso não invada a privacidade da criança.

A criança é informada que ninguém lhe vai tocar. Tomar esse tipo de liberdade ou procedimento com uma criança, pode ser traumático.”

A hipnóloga clínica deixa ainda um alerta, “Para fazer da hipnose uma escolha eficiente, os pais devem inicialmente falar com o hipnólogo e verificar as suas qualificações. Lamentavelmente a especialidade em Portugal não está regulamentada. Devem ainda solicitar recomendações e testemunhos a outros pais, psiquiatras ou psicólogos com conhecimento fundamentado do que é hipnose clínica”.

 

Cristina Infante Borges

Cristina Infante Borges é licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica pelo ISLA, Lisboa, e Master e Doctorado em Hipnose Clinica pela Asociación Internacional de Hipnosis Clínica y Experimental. Possui também a Certificação do London College Of Clinical Hynosis e Certificação Avançada em Hipnose Clínica, pelo Instituto Brasileiro de Hipnologia. Está igualmente certificada internacionalmente pela International Coaching Community e Practicioner de PNL, reconhecida NLPU University.

mais artigos de Cristina Infante Borges