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Uma boa comunicação - a base para qualquer tipo de relação

2019
joana_s.j_rodrigues@hotmail.com
Psicóloga especialista em Psicologia Clínica e da Saúde
Publicado no Psicologia.pt a: 2019-05-26

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Uma boa comunicação - a base para qualquer tipo de relação

Em qualquer tipo de relação que se cria e /ou que se mantém, um dos aspectos essenciais é a comunicação. A comunicação é o processo pela qual trocamos informações, questionamos, partilhamos os nossos pensamentos e emoções. É a base para um bom entendimento.

No meio profissional, no ambiente familiar, conjugal e social, é fundamental uma boa comunicação, para facilitar o desenvolvimento dessas relações.

Uma boa comunicação não é uma linguagem com palavras bonitas, caras ou sofisticadas. O ser-se compreendido de forma eficaz só é possível através de uma boa comunicação, e essa habilidade é possível a todos, mesmo com uma linguagem simples.

 

Então, quais são os aspectos a que devemos estar mais atentos para nos fazermos entender?

  • É fundamental ter-se uma ideia bem clara do que queremos passar à outra pessoa.

  • Manter-se o foco na ideia que se pretende transmitir e não agarrar outros temas, mesmo que estejam relacionados. O desviar da ideia principal, pode criar confusão a quem nos ouve.

  • Ter o objectivo bem definido e certificarmo-nos que a(s) outra(s) pessoa(s) recebe(m) a informação que queremos passar.

  • Quando achamos que algo é óbvio, não significa que para a outra pessoa também o é, por isso é muito importante tornar o implícito em explícito. A outra pessoa não pensa como nós nem nos lê os pensamentos.

  • Dar atenção à linguagem verbal mas também à não verbal. A linguagem corporal e o tom de voz têm uma grande importância na comunicação. Não adianta estarmos a utilizar palavras simpáticas se a nossa postura é agressiva. Procurar uma coerência entre o que se diz e como se diz, vai facilitar a comunicação.

  • Não falar apenas, mas criar espaço e permitir ouvir o outro (é essencial irmos percebendo o feedback do outro para percebermos se nos está a compreender).

  • Saber ouvir é também saber comunicar. Quando a outra pessoa fala, ouvir realmente o que está a dizer, sem interromper. Uma escuta activa e empática ajuda bastante e quando não entendemos algo, questionamos no final.

  • Saber aceitar as críticas da outra pessoa sem nos colocarmos na defensiva. Mesmo que a crítica não seja fácil de ouvir, é importante entender o que pensa e sente a outra pessoa, apenas assim se podem resolver os problemas.

  • Aceitar as diferenças. As pessoas são diferentes e é essencial aceitar que cada pessoa vê e sente de forma diferente, e às vezes muito diferentes. Por mais que seja diferente, não significa que é a nossa ou a do outro que esteja errada. Se não é possível chegar a um acordo, é importante tentar chegar a um entendimento mútuo onde se respeitam ambas as partes.

 

Todos somos diferentes, não vamos pensar exactamente o mesmo sobre os diversos temas. Saber ouvir, saber aceitar as diferenças e demonstrar respeito pelas críticas é essencial para uma comunicação saudável e, desta forma para relações saudáveis.

 

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

Joana de São João Rodrigues

Joana de São João Rodrigues é Psicóloga, Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos e especialista em Psicologia Clínica e da Saúde. Possui licenciatura e mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. É Pós-Graduada em Educação Social e Intervenção Comunitária e Membro Associado da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva. É Formadora Certificada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua. Desenvolveu actividade clínica de apoio a doentes com doença oncológica e seus familiares no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil do Centro Regional de Oncologia de Lisboa, no Serviço da Clínica da Dor. Deu apoio psicológico às famílias e crianças com cardiopatias congénitas internadas no Hospital Vall d'Hebron para cirurgia através da Associació d'ajuda als Afectats de Cardiopaties Infantils de Catalunya (Associação de ajuda aos Afectados por Cardiopatias Infantis da Catalunha), em Barcelona. Desenvolveu actividade de apoio às necessidades das mulheres vítimas de violência doméstica/abuso sexual, pela Associação de Mulheres Contra a Violência, em Lisboa. Esteve integrada em diversos projectos de Cooperação Internacional, onde deu formação na área da promoção da saúde em Angola e Guiné-Bissau e foi técnica de cuidados continuados integrados de saúde mental na Associação para o Estudo e Integração Psicossocial, em Lisboa. Desde 2011 exerce clínica privada com jovens, adultos e seniores e desde Março de 2016 que integra a Equipa da ClaraMente - Serviços de Psicologia Clínica e Psicoterapia, com o objectivo de promover a saúde mental e a qualidade de vida, disponibilizando serviços de Psicologia Clínica e Psicoterapia em consultório em Lisboa e Caldas da Rainha. Desde Abril de 2019 que trabalha no Hospital Lusíadas em Lisboa, nas Unidades de Tratamento de Dor e Oncologia.

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